1 – O que é HPV?

Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papillomaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais mostram um crescimento limitado e freqüentemente regridem espontaneamente. São conhecidos como verrugas genitais, condiloma acuminado ou crista de galo.  Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV.

2 – Existem tipos diferentes de HPV?

Sim. Há mais de 150 tipos de HPV já isolados. Alguns estão relacionados às verrugas comuns da pele, outros às verrugas das regiões oral, anal e genital. Dentre os genitais existem dois grandes grupos chamados de alto risco (oncogênicos) e de baixo risco (não oncogênicos). O primeiro grupo está relacionado ao aparecimento de cânceres (neoplasias malignas) e o segundo não.

3 – O HPV é facilmente contraído?

Estudos comprovam que mais de 40% dos adultos sexualmente ativos, incluindo 10 a 40% das mulheres sexualmente ativas, principalmente as mais jovens, são infectados por um ou mais tipos de HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória. Na maioria das vezes, o sistema imune consegue combater de maneira eficiente esta infecção, alcançando a cura, com eliminação completa do vírus, principalmente entre as pessoas mais jovens.

4 – Como o HPV é transmitido?

A infecção por HPV é transmitida na maioria das vezes através da relação sexual, porém existem outras formas de contaminação, como através do contato com superfícies contaminadas pelo vírus (felizmente pouco comum). Ex: Contato com roupas, objetos, sabonete, instrumental cirúrgico e outros.

5 – Em que locais pode ser encontrado o HPV?

As infecções clínicas mais comuns ocorrem nas regiões genitais como vulva, ânus e pênis. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero e pênis. De fundamental importância é a constatação de que o desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo, que não genital, é bastante raro.

6 – Como o papilomavírus pode ser diagnosticado?

As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva, ou em qualquer área de pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele), enquanto o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, pode ser realizado pelo exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). A confirmação do diagnóstico pode ser feita por exames laboratoriais de diagnóstico molecular como o teste de PCR e captura híbrida.

7 – Como as pessoas podem se prevenir do HPV?

O uso da camisinha diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitar totalmente) e por isso é recomendado o seu uso em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

8 – É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos?

Sim. Os exames preventivos são sempre importantes quando um dos parceiros esta contaminado.
Entretanto, o fato de se ter mantido relações sexuais com uma pessoa  infectada pelo HPV, não significa que obrigatoriamente vai ocorrer a transmissão do vírus.

9 – Todos os tipos de papilomavírus podem se transformar em um tumor maligno?

Não. Os tipos mais comumente associados às verrugas, na sua grande maioria, não são os mesmos encontrados nos tumores malignos. Daí a classificação dos HPV em tipos de baixo e de alto risco oncogênico. Assim, os HPV de tipo 6 e 11 (baixo risco), encontrados na maioria dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, parecem oferecer um menor risco de progressão para malignidade.Já os HPV de tipo 16, 18, 31, 33, 45, 58 (alto risco) e outros, têm uma probabilidade de persistir e estar associados a lesões malignas, câncer de colo uterino.

10 – Quais são as formas de tratamento?

Os tratamentos existentes têm o objetivo de reduzir, remover ou destruir as lesões proporcionadas pelo HPV. São eles: químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.