DISFUNÇÃO SEXUAL ERÉTIL

DSE – Disfunção sexual erétil é a definição atualmente mais aceita para caracterizar a dificuldade de um homem em obter uma ereção peniana para manter uma relação sexual. Inúmeros tratamentos podem ser oferecidos atualmente, sendo que o tratamento ideal é aquele que consiga reunir ao mesmo tempo as características de ser o mais barato, mais efetivo, de fácil administração e sem efeitos colaterais.

FATORES DE RISCO
Devemos inicialmente afastar todos os fatores de riscos conhecidos. As medicações utilizadas para o tratamento da hipertensão arterial são os mais importantes e devemos solicitar a troca da medicação sempre que for necessária, sob a orientação do médico que acompanha o paciente.

Outras medicações como cimetidine, antipsicóticos, anticolinérgicos, e inibidores da MAO também merecem nossa atenção.

Não devemos nos esquecer dos efeitos maléficos da maconha, cocaína e do cigarro, e atualmente existe uma atenção especial com os ciclistas, pois, acredita-se que o trauma perineal possa causar lesões na circulação peniana. O fator psicogênico sempre está presente, mesmo que a causa principal seja de ordem orgânica.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

HISTÓRIA
O paciente deve ser avaliado na primeira entrevista com uma detalhada história de sua situação atual, tempo do início dos sintomas, se vem piorando, se apresenta ereção matinal, se a masturbação é ou não normal, e se apresenta ereções normais alternadas com dificuldades de ereção.

EXAME FÍSICO
No exame físico devemos fazer uma boa avaliação geral, com medida de pressão arterial, avaliação dos pulsos, distribuição dos pêlos, e presença de alterações penianas como fibroses que proporcionam tortuosidades (Doença de Peyronie). EXAMES LABORATORIAIS Exames complementares com o intuito de avaliação metabólica através de uma glicemia, hemograma, além de um estudo hormonal com dosagem da testosterona e prolactina.

EXAMES ESPECÍFICOS
Alguns exames podem ser realizados como Doppler peniano, TEFE (teste de fármaco-ereção, injeção de prostaglandina no corpo cavernoso), além de teste de tumescência peniana noturna.

QUAL É O TRATAMENTO?
Podemos dividir o tratamento da DSE em clínico e cirúrgico, ambos com avanços importantes nesses últimos anos.

TRATAMENTO CLÍNICO:
Tratamento hormonal – quando a testosterona estiver baixa (hormônio masculino) e a prolactina elevada (hormônio feminino). A Prostaglandina pode ser utilizada como teste de fármaco-ereção e já foi muito indicada como auto-injeção, isolada ou associada à Fentolamina. O Sildenafil (Viagra) foi o primeiro com resultados excelentes e tem se mostrado eficiente quando bem indicado, devendo evitar seu uso associado a nitratos e a pacientes com determinadas cardiopatias. Também são indicados: Vardenafil (Levitra), Tadalafil (Ciallis) e Iodenafila (Helleva). As drogas intrauretrais não tiveram muita utilização por apresentar resultados pobres e sua aplicação ser incomoda (Muse). A vacuoterapia não deve ser esquecida, e existem pacientes que apresentam indicação e se adaptam tão bem a este método que o preferem à uma cirurgia.

TRATAMENTO POR ONDAS DE CHOQUE
Por ondas de choque realizado por aparelho que é aplicado externamente na pele estimula a reativação de artérias melhorando a chegada de sangue e consequentemente melhorando a ereção.
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TRATAMENTO CIRÚRGICO
As cirurgias para Síndrome da Disfunção Veno-Oclusiva vêm sendo menos indicadas, e as cirurgias de revascularização peniana também tem indicação limitada. Atualmente a cirurgia está indicada nos casos de fístulas, e nos casos de implante de prótese peniana. As próteses penianas apresentaram uma evolução tecnológica surpreendente. Hoje podemos contar com próteses semi-rígidas de altíssima qualidade e próteses infláveis de 1 e 3 compartimentos com resultados estéticos e funcionais excelentes.